domingo, 25 de novembro de 2007

Moradores questionam caráter quilombola







Correio da Bahia Aqui Salvador03/11/2007



Moradores questionam caráter quilombola de vilarejo. Famílias reivindicam revisão do processo que torna São Francisco doParaguaçu remanescente de quilombo.



O impasse que envolve as famílias supostamente remanescentesquilombolas do vilarejo de São Francisco do Paraguaçu, no município deCachoeira, no recôncavo baiano, ganhou mais um capítulo na últimaquinta-feira. Cerca de 300 famílias de moradores do vilarejo sereuniram em frente ao Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária (Incra), em Sussuarana. Eles reivindicam a revisão do processoque torna o local uma comunidade remanescente de quilombo. Segundo osmoradores, o local nunca foi considerado abrigo para os escravos.Conforme notícias divulgadas no Jornal Nacional, em maio deste ano, aFundação Palmares, entidade ligada ao Ministério da Cultura, teriareconhecido o lugar como antigo quilombo com base em um laudo feitocom assinaturas falsificadas ou registrados com outros objetivos.Depois da denúncia, uma comissão de sindicância da fundação chegou avisitar o local para investigar os fatos, mas não encontrou indíciosde fraudes. Apesar disso, o superintendente do Incra na Bahia, LuizGugé, garantiu que uma audiência pública será realizada na comunidadeainda este ano para ouvir as opiniões do moradores.

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